A Academia Latina da Gravação anunciou, na última quinta-feira (25), que a artista brasileira Rita Lee e outros gigantes, como Rosario Flores, Myriam Hernández, Amanda Miguel e Yordano, receberão o Prêmio à Excelência Musical deste ano, como parte de sua Apresentação Anual de Prêmios Especiais. Além disso, Manolo Díaz, Paquito D’Rivera e Abraham Laboriel receberão o Prêmio da Junta Diretiva.

“As realizações coletivas deste extraordinário grupo de artistas e suas contribuições à música latina são imensuráveis. Será um grande privilégio honrar estas figuras lendárias durante a Semana do Latin Grammy 2022, em Las Vegas”, disse Manuel Abud, CEO da Academia Latina da Gravação.

O Prêmio à Excelência Musical é concedido aos intérpretes que fizeram contribuições criativas de excepcional significado artístico para a música latina e suas comunidades. O Prêmio da Junta Diretiva é concedido a indivíduos que tenham feito contribuições significativas à música latina durante suas carreiras de outras formas além de performances. Ambas as distinções são votadas pelo Conselho de Diretores de A Academia Latina da Gravação.

Os contemplados com os prêmios serão homenageados em um evento privado na quarta-feira, 16 de novembro de 2022, no Mandalay Bay Convention Center. Eduardo Osorio voltará como produtor executivo junto com a equipe de produção de A Academia Latina da Gravação.

Contemplados com o Prêmio à Excelência Musical 2022:

Rosario Flores (Espanha)

Desde o início de sua notável carreira, este fenômeno pop espanhol acrescentou elegância e alegria a todas as suas apresentações, seja uma balada de rock, uma autêntica rumba catalana ou uma doce canção de amor. Nascida em Madri em uma das famílias musicais mais icônicas da Espanha, ela começou a gravar música ainda jovem e contou com a tutela de seu irmão mais velho, o cantor/compositor Antonio Flores, em álbuns como Siento, de 1994. Um ano após seu trágico falecimento, o coração de Rosário se abriu em uma bela homenagem à memória do irmão e “Qué Bonito” tornou-se um de seus maiores sucessos. Em 2002, um papel na obra-prima de Pedro Almodóvar Hable com ella mostrou sua versatilidade como artista, que também brilha em seu álbum mais recente de 2021, o luxuoso Te Lo Digo Todo Y No Te Digo Na.

 

Myriam Hernández (Chile)

Uma das mais influentes e comercialmente bem-sucedidas cantoras/compositoras do Chile, Myriam Hernández surgiu no final dos anos 80 e deixou uma marca profunda na música romântica contemporânea. Após o sucesso de “El Hombre Que Yo Amo”, de seu álbum Dos, de 1990, la baladista de América — como é carinhosamente conhecida — tem criado sucesso após sucesso graças a seu estilo “amyrianado”, justaposição de seu humor às vezes delicado, às vezes negro, com a inerente paixão de sua entrega a tudo o que faz. Hernández colaborou com todos os grandes, desde Gilberto Santa Rosa, Marco Antonio Solís e Cristian Castro até Paul Anka, além de se estabelecer como uma respeitada personalidade da televisão.
Rita Lee (Brasil)

Rita Lee é uma das cantoras-compositoras mais bem-sucedidas comercialmente na história do Brasil; uma artista visionária cuja identidade sônica singular funde balada pop, MPB, bossa e new wave. Ela começou sua carreira com a banda Os Mutantes e gravou álbuns com a banda Tutti Frutti, incluindo o álbum Fruto Proibido, de 1975. Em 1979, ela lançou a lendária LP Rita Lee, em parceria com seu marido, o multi-instrumentista Roberto de Carvalho, e suas colaborações continuaram durante os anos 1980 com uma longa série de sucessos de rádio e shows esgotados. Nas últimas décadas, ela começou a sair de sua zona de conforto com gravações acústicas como Aqui, Ali, em Qualquer Lugar, uma coleção de canções ao vivo baseada em conhecidas músicas dos Beatles.
Amanda Miguel (Argentina)

Nascida na província de Chubut, Argentina, Amanda Miguel estudou música em Buenos Aires, onde conheceu o cantor/compositor Diego Verdaguer, seu futuro marido e parceiro criativo. Com Verdaguer como produtor, Amanda lançou uma trilogia visionária de álbuns conceituais conhecidos como El Sonido, entre 1981 e 1984. Gravados em Los Angeles com músicos de primeira linha, os álbuns tocaram a fundo os amantes das baladas tórridas, gerando sucessos impressionantes como “Así No Te Amará Jamás”. Em 1992 lançou Rompecorazones, uma sofisticada excursão ao território de música ranchera, seguida, quatro anos depois, pelo sucesso pop Ámame Una Vez Más. Em uma carreira que se estende por mais de quatro décadas, sua paixão pela música continua com sua turnê “Siempre Te Amaré”, em 2022, com sua filha Ana Victoria.
Yordano (Venezuela)

Yordano, o cantor/compositor venezuelano nascido na Itália, infundiu a música latina com sua visão poética através de um cancioneiro delicado, sempre em evolução, de pop cosmopolita, idiomas tropicais e baladas românticas. Depois de se formar em arquitetura, ele começou sua carreira musical em 1978 como vocalista da banda Sietecuero. Seu segundo álbum solo, Yordano, de 1984, e a canção “Manantial de Corazón”, o tornou uma sensação internacional. Os LPs subsequentes ostentavam hits de rádio memoráveis, tais como “Locos de Amor”, em 1988, e a canção de comentário social “Por Estas Calles”, quatro anos mais tarde. Em 2016, ele revisitou seu catálogo com El Tren de los Regresos, apresentando convidados especiais como Carlos Vives, Kany García e outros artistas de destaque.
Contemplados com o Prêmio da Junta Diretiva 2022:

Manolo Díaz (Espanha)

Depois de uma carreira de décadas na indústria da música, Manolo Díaz usou toda sua experiência como cantor, compositor e executivo de gravadoras socialmente consciente em seu papel de vice-presidente sênior e agora membro da Junta Diretiva da Fundação Cultural Latin GRAMMY, onde trabalhou por mais de sete anos. Ele foi um participante ativo na onda dos anos 1960 do rock espanhol em seu país natal como guitarrista com o grupo Los Sonor, e mais tarde como compositor e produtor de sucessos para Los Bravos e Aguaviva. Nos anos 1970, Díaz transitou para uma carreira respeitada como executivo musical na CBS, Sony, IFPI e UMG, trabalhando em estreita colaboração com personalidades como Julio e Enrique Iglesias, Raffaella Carrá, Juanes, Carlos Vives, entre outros.
Paquito D’Rivera (Cuba)

O ganhador de nove Latin GRAMMYs® e cinco GRAMMYs®, o saxofonista e compositor cubano Paquito D’Rivera enriqueceu a paisagem da música latina contemporânea com seu senso de humor e seu panachê artístico. Ele foi membro fundador do supergrupo progressivo cubano Irakere nos anos 1970. Após uma mudança para os Estados Unidos, em 1980, ele criou a Orquestra das Nações Unidas com o lendário Dizzy Gillespie, fazendo a ponte entre os estilos afro-caribenhos e o jazz. Como solista, D’Rivera tem se apresentado com orquestras sinfônicas em todo o mundo, defendendo a inclusão de compositores latino-americanos no repertório clássico.
Abraham Laboriel (México)

Nascido na Cidade do México, Abraham Laboriel aprendeu a tocar violão com seu pai antes de começar a tocar baixo. Foi o compositor Henry Mancini quem aconselhou Laboriel a mudar-se para Los Angeles em busca de trabalho de sessão, e após uma turnê internacional com o cantor Al Jarreau, ele cimentou sua reputação como um instrumentista tecnicamente superior que poderia facilmente adaptar-se a qualquer estilo. Muito admirado na comunidade do jazz, ele trabalhou com grandes nomes como Ella Fitzgerald e Herbie Hancock, e também se tornou o baixista escolhido pelas estrelas latinas, incluindo Julio Iglesias, Rubén Blades e José José.