A ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirmou em nota nesta segunda-feira (9) que vai se reunir, nas próximas horas, com membros técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan. O encontro tem como objetivo dar início imediato ao restauro das obras destruídas por terroristas bolsonaristas.

Neste domingo (8), extremistas orquestrados invadiram de maneira simultânea o Palácio do Planalto, o Superior Tribunal Federal e o Congresso Nacional, em Brasília. Os prédios ficaram destruídos após a tentativa de golpe.

“É urgente avaliarmos os danos e começarmos a recuperação e restauro de todo patrimônio que foi brutal e absurdamente arrasado. Um quadro de Di Cavalcanti destruído a facadas revela tamanha ignorância e violência desses atos abomináveis”, escreveu a ministra, em seu perfil no Twitter. Ela também classificou a atitude como “estarrecedora”.

A força tarefa contará ainda com as contribuições de Marlova Noleto, diretora e representante da sede brasileira da Unesco.

Ainda não é possível avaliar qual será exatamente o valor pago pelos vândalos. No entanto, uma reportagem do portal UOL obteve informações que dão uma dimensão do estrago: citado pela ministra Margareth, o quadro “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, foi rasgado com golpes de faca. A obra está avaliada em aproximadamente R$ 8 milhões.

Além de objetos e móveis que faziam parte dos ditos espaços, a tela “O Flautista”, de Bruno Giorgi; o vitral “Araguaia”, de Marianne Peretti; a escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg e um tapete que pertenceu à Princesa Isabel também foram danificados. Alguns, de modo irreversível.

A obra “Bandeira do Brasil”, de Jorge Eduardo (1995), por exemplo, serviu de cenário para pronunciamento de diversos presidentes. Após a retirada dos terroristas do palácio, ela foi encontrada boiando.