Gloria Groove está enfrentando críticas ao seu mais recente projeto de pagode, “Serenata da GG”, incluindo acusações de tentar agradar mais ao público heterossexual do que à comunidade LGBTQIA+. No entanto, ela não se abala com as críticas.

Em uma coletiva de imprensa, a cantora brincou sobre a situação: “Eu respondi: ‘O hétero que eu queria agradar era o seu pai’. Eu gostaria de retirar o que eu disse. Me perdoa, gente. Eu gostaria de dizer que, além de agradar o seu pai, também quero agradar o seu irmão. Vai ser uma delícia, um prazer.”

De forma mais séria, Gloria Groove refletiu sobre a importância de questionar se um estilo musical realmente pertence a um determinado grupo de gênero e sexualidade: “Quando essas discussões começam a acontecer, trazem o pé do artista para o chão e falam: ‘Você ainda está no planeta Terra e as pessoas ainda têm questões muito pífias, muito primárias’.”

Ela acredita que é necessário quebrar paradigmas: “Gosto da sensação de movimentar pauta, gerar conversa e fazer alguém falar: ‘Prra, meu pai era o cara mais homofóbico do mundo, mas, agora, ele te acha muito fda e já desmantelou um pouco do preconceito aqui e ali’. Acho que facilitar a existência do outro é uma coisa que, poxa, todo artista deveria mirar em fazer”.

Gloria vê o projeto como algo natural, dado seu histórico familiar com o pagode, já que sua mãe, Gina Garcia, foi backing vocal do grupo Raça Negra. Ela se alegra em ter feito esse projeto com pessoas que foram e ainda são suas influências no ritmo, como Belo e Alcione.

O projeto “Serenata da GG” ainda terá mais uma etapa, com colaborações de Thiaguinho, Mumuzinho, Menos é Mais, Ana Carolina e Sampa Crew.