Gloria Groove responde às críticas sobre seu projeto de pagode: “Precisamos quebrar paradigmas”
Publicado em 13 de junho de 2024
Gloria Groove está enfrentando críticas ao seu mais recente projeto de pagode, “Serenata da GG”, incluindo acusações de tentar agradar mais ao público heterossexual do que à comunidade LGBTQIA+. No entanto, ela não se abala com as críticas.
Em uma coletiva de imprensa, a cantora brincou sobre a situação: “Eu respondi: ‘O hétero que eu queria agradar era o seu pai’. Eu gostaria de retirar o que eu disse. Me perdoa, gente. Eu gostaria de dizer que, além de agradar o seu pai, também quero agradar o seu irmão. Vai ser uma delícia, um prazer.”
De forma mais séria, Gloria Groove refletiu sobre a importância de questionar se um estilo musical realmente pertence a um determinado grupo de gênero e sexualidade: “Quando essas discussões começam a acontecer, trazem o pé do artista para o chão e falam: ‘Você ainda está no planeta Terra e as pessoas ainda têm questões muito pífias, muito primárias’.”
Ela acredita que é necessário quebrar paradigmas: “Gosto da sensação de movimentar pauta, gerar conversa e fazer alguém falar: ‘Prra, meu pai era o cara mais homofóbico do mundo, mas, agora, ele te acha muito fda e já desmantelou um pouco do preconceito aqui e ali’. Acho que facilitar a existência do outro é uma coisa que, poxa, todo artista deveria mirar em fazer”.
Gloria vê o projeto como algo natural, dado seu histórico familiar com o pagode, já que sua mãe, Gina Garcia, foi backing vocal do grupo Raça Negra. Ela se alegra em ter feito esse projeto com pessoas que foram e ainda são suas influências no ritmo, como Belo e Alcione.
O projeto “Serenata da GG” ainda terá mais uma etapa, com colaborações de Thiaguinho, Mumuzinho, Menos é Mais, Ana Carolina e Sampa Crew.